Sexta, 05 de Setembro de 2014 - 13h01
Aumento na mistura de biodiesel ao diesel pode economizar US$ 1 bilhão à Petrobras em 2015
Afirmação é da Abiove, que acredita que aprovação da medida no Senado traz benefícios à indústria da soja
Abiove
Com a aprovação pelo Senado Federal da MP 647, medida que aumenta de 5% para 6%, e a partir de novembro para 7% o percentual obrigatório de mistura do biodiesel ao óleo diesel, as estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) indicam que em 2015, com a vigência do B7 (adição de 7%¨de biodiesel ao diesel), a Petrobras deverá economizar algo em torno de US$ 1 bilhão. Atualmente, quase 20% do diesel consumido no Brasil é importado.
A Petrobras, ao internalizar esse diesel a preços de mercado e revendê-lo às distribuidoras de combustíveis por preços subsidiados (inferiores ao pago no mercado internacional), arca com um déficit superior a US$ 0,05/litro. Ou seja, hoje, a estatal tem prejuízo direto nas operações de importação dos derivados de petróleo. Assim, elevações do teor de biodiesel misturado ao diesel impactam sensível e positivamente no resultado financeiro da Petrobras, analisa a Abiove.
Para a entidade, o teor de 7% de biodiesel, em 2015, misturado ao diesel mineral afeta positivamente não só os fornecedores do produto, mas também todo o complexo soja brasileiro. Produzir mais biodiesel significa agregar mais valor ao óleo de soja, o que, por sua vez, incentiva o processamento do grão domesticamente.
Para os produtores de biodiesel, que até meados de 2014 operavam com uma ociosidade de aproximadamente 60%, a nova legislação representa uma vitória, bem como uma resposta positiva da sociedade brasileira em relação ao aumento da participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional. Ganham, assim, não só produtores de biodiesel e agricultores, mas o País como um todo.
Capacidade de produção – o Brasil dispõe de ampla capacidade de esmagamento de soja, o que garante a oferta necessária de óleo de soja para a produção incremental do biocombustível. Além disso, há espaço para o crescimento do uso do sebo bovino, dos óleos e gorduras residuais e do óleo de algodão, por exemplo, na produção do biodiesel brasileiro.
Os novos percentuais de mistura definidos pelo governo serão cumpridos em sua plenitude pela cadeia produtiva nacional. Em 2014, a estimativa é que o Brasil produza algo próximo a 3,45 bilhões de litros de biodiesel. Em 2015, a previsão é de uma produção superior a 4,2 bilhões de litros. Em 2013, ano em que esteve em vigência o B5, a produção nacional foi de 2,9 bilhões de litros.
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