Quinta, 12 de Maio de 2022 - 09h15
Custo de produção e acesso ao crédito devem determinar crescimento de área de trigo no RS
Atualmente, Conab prevê uma área semeada do cereal em 1,16 milhão de hectares
DATAGRO
Os custos de produção do trigo e o acesso ao crédito pelos produtores do Rio Grande do Sul são fatores determinantes para dimensionar o tamanho da área de cultivo da cultura na atual safra, como discutido em reunião da câmara setorial do cereal no estado gaúcho. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que a semeadura do grão apresente crescimento neste ano diante das condições favoráveis para o trigo no mercado nacional e internacional. Atualmente, a Conab prevê uma área semeada do cereal em 1,16 milhão de hectares. A nova estimativa será apresentada no próximo anúncio da Safra de Grãos 2021/22, marcado para esta quinta-feira (12), o que tende a impactar na produção.
Porém, a elevação dos custos de produção pode limitar esse possível crescimento no estado gaúcho. A valorização do dólar, ao mesmo tempo em que incentiva a semeadura, devido aos preços de produto no mercado, tem reflexo negativo nos custos para os agricultores, uma vez que os valores de diversos insumos seguem a cotação da moeda norte-americana, como combustíveis, defensivos agrícolas e fertilizantes. “Vale salientar que por tratar-se de uma cultura de alto risco, principalmente por questões climáticas, o produtor não planta trigo sem seguro”, pondera o superintendente da Companhia no Rio Grande do Sul, Carlos Bestetti.
“Com os custos maiores, a dificuldade de acesso ao crédito de custeio, devido ao passivo deixado pela frustração da safra de soja, o preço dos insumos e a demora na solução da cobertura do seguro agrícola da oleaginosa, formam o conjunto principal de fatores que determinarão o tamanho da lavoura de trigo do estado” ressalta Bestetti.
Segunda safra no estado – Outra questão tratada foi o programa coordenado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), que incentiva o aumento da área cultivada no inverno, aproveitando melhor o uso do solo com culturas produtoras de grãos. Segundo os dados apurados, enquanto são utilizados mais de 7 milhões de hectares apenas para as culturas de verão, como soja e milho, a soma da área de todos os grãos cultivados na safra de inverno chega a aproximadamente 2 milhões de hectares. “Temos cerca de 5 milhões de hectares de terras que ficam com apenas cultivos destinados à cobertura de solo, enquanto a maior parte dessa extensão pode fazer as duas coisas – produzir grãos e cobertura. Mas, para isso os produtores precisam de uma sinalização que possa auferir renda, que passa inevitavelmente pela liquidez no mercado. Temos culturas que podem satisfazer essas prerrogativas, como: cevada, centeio, triticale, canola e o próprio trigo, além do girassol, cultura intermediária que permite a semeadura da soja na resteva, devido ao seu ciclo reprodutivo relativamente curto”, reforça o superintendente da Conab.
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