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Terça, 09 de Janeiro de 2018 - 12h12

Genética eleva em um terço produtividade do feijão-carioca

Nos últimos 40 anos, produção registrou crescimento de 35%, diz estudo da Embrapa

DATAGRO

Nos últimos 40 anos, o Brasil reduziu em 30% sua área plantada de feijão, mesmo assim, a produção no período aumentou 35%, atingindo três milhões de toneladas atuais. Esse ganho se deve ao incremento da produtividade das lavouras, que, em parte, é atribuído ao uso de novas variedades. No caso do feijão-carioca, o mais cultivado no País, estima-se um crescimento na produtividade de grãos de 0,72%, acréscimo de 17 quilos por hectare ao ano exclusivamente devido à utilização de plantas geneticamente superiores.

Essa informação é de um estudo da Embrapa que avaliou a eficiência de seu programa de melhoramento de feijão e se baseia no cálculo do progresso genético com a cultura. Esse é um indicador que correlaciona características agronômicas como a produtividade, e métodos utilizados para a seleção, cruzamento e avanço de gerações de plantas (linhagens). Considerando todo o período do estudo de 22 anos, o avanço da produtividade representa um aumento acumulado de 380 quilos por hectare, ou o equivalente a praticamente um terço da produtividade média nacional, que é de 1.354 quilos por hectare.

De acordo com o pesquisador que esteve à frente desse projeto, Luis Claudio de Faria, que trabalha no programa melhoramento de feijão da Embrapa, em Aracaju (SE), o progresso genético foi estimado em uma série de experimentos no campo, em conjunto com instituições parceiras, em quatro regiões produtoras (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste), abrangendo 20 ambientes diferentes, três épocas de semeadura (água, seca e inverno) e empregando uma base de dados com 22 anos de informações sobre linhagens e variedades.

“Como o estudo foi conduzido com repetições e em vários ensaios no campo, foi possível representar mais fielmente as condições de interação entre os genótipos e os diferentes ambientes de cultivo; e fazer uma estimativa consistente do progresso genético médio para produtividade de grãos, por meio do método do tipo direto, permitindo alcançar resultados bastante precisos”, conta Faria.  

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