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Sexta, 10 de Junho de 2016 - 09h29

Exclusivas uagro

Agronegócio perde investimentos com Lei para compra de terras por estrangeiros travada no Congresso

Segundo especialistas no tema, crise política coloca em segundo plano tramitação de Projeto de Lei que visa dar regulação definitiva à questão

DATAGRO

Estima-se que bilhões de dólares deixaram de ser investidos no agronegócio brasileiro devido à insegurança jurídica que paira sobre a participação de capital estrangeiro na compra de terras. A regulação hoje acerca do tema está sob o guarda-chuva de parecer da Advocacia Geral da União (AGU), referente à Lei 5.709 de 1971, que estabelece um controle mais rígido para o investimento estrangeiro em terras.

PL que trata compra de terras por estrangeiros deve ficar em segundo plano devido à crise política brasileira (Foto: S2Publicom)

O setor do agronegócio anseia por um marco-regulatório definitivo, que dê clareza, objetividade e acima de tudo segurança jurídica a operações que envolvam a participação de capital estrangeiro em terras, para que os investimentos voltem a ser feitos.

Todavia, segundo especialistas no assunto, reunidos no Congresso Nacional Jurídico do Agronegócio, encerrado nesta quinta-feira (09), em São Paulo (SP), a solução deste impasse está fora da agenda do Congresso Nacional neste momento.

De acordo com Colin Butterfield, CEO da Radar, a crise política, que envolve o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, bem como, agora, o avanço da operação Lava Jato sobre parlamentares, coloca em segundo plano a discussão do Projeto de Lei 4059/2012, que tem como objetivo pacificar as normas para aquisição e/ou participação de capital estrangeiro em terras.

Empresa do grupo Cosan, a Radar é uma gestora de propriedades rurais responsável por administrar fazendas em oito Estados, totalizando cerca de 270 mil hectares dedicados ao plantio de cana-de-açúcar, soja, algodão, milho, entre outras culturas.

“Com a crise, é inegável que o debate sobre uma legislação relativa à compra de terras por estrangeiros fica fora da pauta do Congresso”, disse Renato Buranello, sócio do Demarest Advogados, também especialista no assunto. Por outro lado, ele ressalva que a existência, ainda que por hora interina, de uma nova administração federal desanuvia a questão. É o que também acredita Butterfield. Segundo o executivo da Radar, o novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, já declarou que vai dar significativa atenção ao tema.

Tanto Buranello quanto Butterfield projetam que, passada a turbulência política, o PL que deverá ser aprovado trará, de alguma maneira, dispositivos que impedirão a compra de terras por fundos soberanos de outros países. “Esta restrição deverá constar”, disse o executivo da Radar. “É uma limitação que também existe em outros países”, salientou o sócio do Demarest.

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