Paraná suspende o uso de 67 marcas de agrotóxicos contra ferrugem asiática

A baixa eficiência apresentada nas últimas safras fez a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) suspender o uso de 67 marcas de agroquímicos para o combate da ferrugem asiática. A utilização dos produtos repetidas vezes ao longo dos anos fez com que os seus princípios ativos se tornassem resistentes ao fungo Phakopsora pachyrhizi, que é o principal causador da doença.

Segundo a Portaria Adapar nº 91, de maio de 2015, para que um agrotóxico seja cadastrado no estado é necessário que ele apresente eficiência de no mínimo 80% no controle da praga ou doença, o que não aconteceu com os agroquímicos suspensos. 

A medida aliada a proibição do plantio da soja safrinha e ao vazio sanitário, tem como objetivo proteger a cultura da soja do ataque da ferrugem e também preservar os ingredientes ativos que ainda controlam a doença, explica o departamento de Defesa do Estado. Nesta safra, 121 focos de ferrugem foram encontrados no Paraná, contra 90 na temporada passada.

Segundo o engenheiro agrônomo da Fundação ABC, Alan Vaz, a suspensão não é motivo para preocupação, já que há no mercado produtos eficientes no controle da doença. Além disso, a expectativa para a próxima safra é que a ferrugem não seja tão agressiva. “O clima deve colaborar, o inverno mais rigoroso e tendência de termos uma safra de verão mais seca no sul do Brasil devido ao efeito La Niña devem amenizar os focos da doença”, afirma Vaz.

A relação das marcas suspensas e as que estão aptas ao controle está no site da Celepar  (Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) ou na página da Siagro (Sistema de Monitoramento de Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná).