GAFFFF: avanço do etanol de milho é exemplo real da integração virtuosa das cadeias produtivas no agro brasileiro

O avanço da produção de etanol de milho registrada no Brasil nos últimos anos, em particular no Centro-Oeste, é claro exemplo da virtuosa característica do agro brasileiro de integração positiva entre cadeias produtivas distintas, disseram especialistas, na última sexta-feira (28), no fórum do GAF, dentro do GAFFFF, na capital paulista. 

Sobras do milho, que é usado para fabricação do biocombustível, se transformam por meio de processo industrial em DDG, substrato que tem elevado valor proteico e vem sendo cada vez mais usado para suplementação de bovinos em confinamento. A terminação dos animais em sistemas confinados, por sua vez, acelera o abate e ao mesmo tempo, ao demandar menos espaço para criação, libera áreas para agricultura. 

Segundo o presidente da DATAGRO, a industrialização do milho resulta em agregação do valor para grão, seja como biocombustível ou ração, gerando consequentemente mais renda para o produtor. De acordo com Nastari, a produção de etanol de milho já responde atualmente por cerca de 20% do total nacional. 

O presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, disse que o setor de etanol de milho demandará neste ano aproximadamente 17 milhões de toneladas do grão. O dirigente ressaltou, ainda, que sinergia entre o etanol de milho e a cana-de-açúcar oferece flexibilidade à indústria canavieira, permitindo uma produção mais eficiente e sustentável.