Cenário para exportações de milho permanece positivo em 2023, diz coordenador do Conselho do Agro da ACSP

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu nesta quinta-feira (19) a estimativa para safra 2022/23 de milho na Argentina para 44,5 milhões de toneladas, contra 59 milhões de toneladas do ciclo passado. O principal motivo para o corte é a seca, que vem prejudicando o desenvolvimento das lavouras locais.

Ao lado de Brasil, Estados Unidos e Ucrânia, a Argentina é um dos grandes produtores do grão. "A possibilidade de quebra na produção do país vizinho acaba sendo na prática fator positivo para as exportações brasileiras, que no ano passado foram recordes, superando 43 milhões de toneladas", destaca o coordenador do Conselho do Agronegócio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Cesario Ramalho. 

Para esta temporada 2022/23, estimativas da Conab indicam uma colheita de milho próxima a 125 milhões de toneladas, aumento de 10%. Já a projeção para os embarques gira em torno de 45 milhões de toneladas.

Segundo Ramalho, com a guerra no Leste Europeu, tanto produção quanto distribuição do milho ucraniano permanecem com problemas, o que sustenta manutenção do cenário aquecido para as exportações brasileiras do grão. "Nesta conjuntura, a China vem despontando como importante destino."