Programa chinês de formação em arroz híbrido promove a cooperação agrícola sino-africana

Daniel Maposse está sentado na fileira de trás da sala de aula, ouvindo atentamente as palavras do professor e ocasionalmente escrevendo em seu notebook. "O cultivo de arroz híbrido de duas ou três linhas", anota ele informações-chave que ouve.

Daniel, funcionário do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique, e outros 23 funcionários do setor agrícola do país africano estão participando do programa de formação sobre produção de arroz híbrido na cidade de Changsha, Província de Hunan, na China.

"O arroz híbrido ajudou a China a resolver o problema da alimentação", disse Nelson David Novela, técnico superior de extensão rural da região de Gaza, Moçambique, outro aluno do curso.

Segundo ele, a produção média de arroz híbrido em muitos lugares é de cerca de 12 toneladas por hectare, enquanto as variedades atualmente cultivadas em Moçambique têm uma produção média de apenas 4 a 6 toneladas por hectare. "O conhecimento que adquiri tem amplo potencial de aplicação na produção de arroz em Moçambique", disse Nelson.

Os participantes da formação visitaram empresas agrícolas e institutos de pesquisa agrícola, além de terem feito visitas de campo a locais como a base de arroz em Sichuan, província sudoeste da China, onde estudaram a aplicação do plantio mecanizado de mudas de arroz, o transplante mecanizado e a irrigação por drones, entre outros.

Em 29 de junho, a terceira Exposição Econômica e Comercial China-África foi inaugurada em Changsha. Funcionários de Moçambique participaram do Seminário de Alto Nível sobre a Cooperação na Cadeia de Produção de Produtos Agrícolas China-África.

Como base de formação de arroz híbrido, a Longping High-Tech realizou mais de 170 programas de treinamento para funcionários e técnicos estrangeiros, incluindo sete cursos de nível ministerial, diz nota da agência "Xinhua". Participaram dos programas milhares de funcionários, pesquisadores e técnicos no setor agrícola de mais de 100 países da Ásia, África, América Latina e outras regiões.

Em junho, a empresa realizou três programas internacionais de formação em tecnologia de produção de arroz. Além do programa de Moçambique, houve também o curso da cadeia de valor do arroz China-África e o curso de formação sobre tecnologia de cultivo e melhoramento de arroz em Burundi.

"Nosso objetivo é impulsionar o progresso da indústria de sementes, compartilhar ativamente a avançada e prática tecnologia agrícola da China, ajudar os países em desenvolvimento a cultivar talentos agrícolas e promover a produção agrícola", disse Weng Yong, vice-diretor da Centro de Formação Internacional da Longping High-Tech.