Seguro rural: milho e soja são as culturas que mais acessam indenizações disponibilizadas

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça-feira (7), da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Milho do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que discutiu, entre outros temas, o mercado do grão, a contratação de seguro e novas variedades do cereal.

No encontro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou uma conjuntura do mercado para a oferta e demanda do milho. Com base nas informações, o assessor técnico da CNA Tiago Pereira explicou que as perspectivas de produção são positivas para o Brasil e há sinais de uma recuperação de área e produtividade nos EUA.

Já os preços continuarão elevados considerando a série histórica. Em relação à demanda interna, o crescimento do setor de proteína animal deve se manter firme no Brasil, aumentando a demanda pelo cereal, disse Pereira. Para o mercado externo, as exportações do milho brasileiro permanecem altas para o período, com um declínio dos embarques que será observado a partir de março.

Segundo dados da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (ANEC), as exportações de milho da safra corrente devem bater o recorde de 50 milhões de toneladas, com a perspectiva de o Brasil ultrapassar os EUA nas exportações de milho.

Também na reunião, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério apresentou dados do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que oferece ao agricultor a oportunidade de segurar sua produção com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro do governo federal.

Milho e soja despontam como as culturas que mais acessam as indenizações disponibilizadas. Nos últimos anos, R$ 22 bilhões foram pagos em indenizações pelas seguradoras aos produtores rurais. Desse total, R$ 16 bilhões foram desembolsados entre 2020 e 2022.

Poe sua vez, a Embrapa fez uma análise das cultivares de milho disponíveis para a safra 2022/2023, onde constatou o lançamento de 98 novas variedades híbridas disponibilizadas para os produtores. Deste total, 94,9% são cultivares transgênicas com mais de um evento na sua constituição genética. O restante (5,1%) é de cultivares convencionais.