Cafeicultura movimenta US$ 493 milhões em defensivos agrícolas na safra 2024/25

Com ligeiro decréscimo de 1% frente à safra anterior, a cafeicultura brasileira movimentou US$ 493 milhões em defensivos agrícolas na temporada 2024/25. O resultado se deve, sobretudo, ao aumento significativo de 20% na intensidade de tratamentos para a proteção do cultivo, segundo aponta levantamento da Kynetec.

Conforme a pesquisa, o montante apurado no período só não foi mais robusto em virtude do recuo de 10% observado nos preços e custos, em reais, dos defensivos da cultura, além do impacto cambial negativo, também na faixa de 10%. Em compensação, destaca o estudo, a área potencial tratada (PAT) chegou a 35,2 milhões de hectares.

Os fungicidas foliares novamente lideraram o mercado, com vendas de US$ 143 milhões, pouco abaixo dos US$ 145 milhões da safra passada. Nesse segmento, fungicidas “stroby mix” preencheram 36% do montante, seguidos dos cúpricos (25%), para tratamento de florada (21%), ‘premium’ (12%) e para complemento de ferrugem (4%).

Na segunda posição, os produtos “solo/drench”, aplicados por jato dirigido abaixo da copa da planta, no sistema radicular, somaram US$ 107 milhões ou 22% do mercado total, indicador três pontos abaixo daquele da safra 2023-24. 

Terceira categoria mais demandada pelos cafeicultores, a dos inseticidas foliares absorveu US$ 106 milhões ou 20% do total do mercado de defensivos da cultura no ciclo 2024/25, um dado 6% superior ao da temporada anterior.

Os herbicidas aparecem como a quarta categoria de defensivos mais representativa do café em 2024/25: 19% das vendas – dado idêntico ao do ciclo anterior – ou US$ 94 milhões. Já os nematicidas específicos apresentaram elevação significativa na adoção, de 8% para 15% e também em valor (+40%), movimentando US$ 26 milhões ou 5% do mercado total. 

:: Área cultivada e regiões

A área cultivada com café nas regiões pesquisadas foi de 2,1 milhões de hectares, quadro de estabilidade comparado ao do levantamento da temporada anterior.