Terça, 18 de Setembro de 2018 - 15h07
Índia: Investir na produção de etanol pode inibir subvenções às exportações de açúcar, diz UNICA
Subvenções têm causado volatilidade nos preços globais da commodity, destaca dirigente da entidade
DATAGRO
Investir no aumento da produção de etanol na Índia poderia inibir as subvenções concedidas para as exportações de açúcar daquele país. A avaliação é feita pela assessora da presidência para Assuntos Internacionais da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Geraldine Kutas, que participou do Kingsman Asia Sugar Conference, em Nova Deli.
Segundo a UNICA, as subvenções dadas para as exportações estão contribuindo para a forte queda nos preços da commodity no mercado internacional, onde as cotações já recuaram 40% neste ano.
“Hoje, a Índia cultiva cana exclusivamente para produzir açúcar. Isso resulta em volatilidade dos preços nos mercados globais devido aos subsídios à exportação aplicados nos anos em que o país apresenta excedentes de açúcar, que somente em 2018 será da ordem de 10 milhões de toneladas. Isso não apenas viola as regras da OMC, prejudicando exportadores como o Brasil, como também é insustentável e caro para a economia local”, explica Geraldine.
LEIA TAMBÉM: GSA critica subsídios concedidos ao açúcarA executiva da entidade aproveitar a oportunidade para destacar os ganhos para a Índia com o foco na produção de biocombustíveis. “Eles [ a Índia] lançaram um forte programa de etanol com uma mistura obrigatória de 10% à gasolina até 2022. Este ano, o governo já permitiu a produção do biocombustível a partir do melaço e do caldo de cana, além de aumentar o preço fixo do etanol. Trata-se de uma iniciativa de renda sustentável para agricultores e meio ambiente. Haverá descarbonização do transporte veicular, vital para a redução da poluição local, e maior geração de empregos, tanto no campo quanto na indústria”.
Além de outras vantagens econômicas, o investimento na produção de etanol também pode contribuir com uma questão ambiental advindas de uma menor dependência de energias fósseis (petróleo e carvão). Dados apresentados pelo presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, durante o Move Global Summit, mostram que 75,1% da eletricidade é gerada com carvão e 4,4 milhões barris de petróleo são importados diariamente.
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