Sexta, 30 de Janeiro de 2015 - 16h01
Uso de transgênicos reduz demanda por terra
Relatório global mostra que a adoção de biotecnologia agrícola colabora para o aumento de oferta de alimentos, economia de solo e geração de renda para pequenos produtores
ISAA
Devido ao manejo facilitado e às menores perdas em função de pragas (insetos e plantas daninhas), os organismos geneticamente modificados (OGM) têm maior potencial produtivo, colaborando assim para reduzir a pressão da agricultura sobre áreas de proteção ambiental.
De acordo com o relatório divulgado hoje pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), se as 441,4 milhões de toneladas adicionais de alimentos e fibras produzidas globalmente entre 1996 e 2013 não fossem provenientes de cultivos geneticamente modificados (GM), seriam necessários 132 milhões de hectares a mais, o equivalente à soma das áreas dos estados de maior produção agrícola no Brasil, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. O aumento de produtividade obtido pela adoção de biotecnologia é especialmente relevante no cenário atual em que se buscam formas de viabilizar a produção de alimentos para uma população em crescimento (9,6 bilhões de pessoas em 2050) sem comprometer a sustentabilidade dos recursos naturais.
Em seguida, aparecem Argentina (24,3 mi/ha), Índia (11,6 mi/ha), Canadá (11,6 mi/ha) e China (3,9 mi/ha). Em todo o mundo, 28 países plantaram 181,5 milhões de hectares com sementes transgênicas, um aumento de mais de seis milhões de hectares em relação a 2013. Isso demonstra que, cada vez mais, essa tecnologia oferece benefícios agronômicos, sociais, econômicos e ambientais.
O levantamento também revela que os transgênicos são a tecnologia agrícola adotata mais rapidamente na história recente da agricultura. “A área plantada com OGM na última safra (2014) é cerca de 100 vezes maior do que a registrada em 1996, primeiro ano em que foram cultivados; isso mostra o quanto o agricultor e a sociedade percebe os benefícios e a segurança dessa tecnologia”, afirma Anderson Galvão, representante do ISAAA no Brasil. No Brasil, a taxa de adoção foi de 89,3%, considerando soja, milho e algodão, as três culturas GM aprovadas comercialmente no país. No caso da soja, 93% da área foi plantada com variedades transgênicas, para o milho (safras de inverno e verão) a taxa foi de 82% e para o algodão, 66%.
Além dos benefícios agronômicos, os OGM têm colaborado para melhorar a vida de agricultores em todo o mundo. De acordo com as informações do ISAAA, o cultivo de transgênicos trouxe renda para 16,5 milhões de pequenos produtores rurais, beneficiando mais de 65 milhões de pessoas, considerando suas famílias. Globalmente, 90% dos produtores que adotaram a biotecnologia em 2014 são agricultores de pequeno porte.O dado contradiz a crença de que a tecnologia só é viável para grandes produtores.
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