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Sexta, 08 de Setembro de 2017 - 15h39

Exclusivas uagro

Green bonds podem movimentar R$ 16 bi no Brasil

Restauração florestal e manejo sustentável são atividades com potencial para serem financiadas pelos chamados títulos verdes

DATAGRO

Desde que assinou o Acordo de Paris em 2014, o Brasil se comprometeu a reduzir, até 2030, 43% de sua taxa de emissão de gases de efeito estufa e a recuperar 12 milhões de hectares de florestas desmatadas. A conta para se atingir esta meta está estimada em R$ 52 bilhões e representa oportunidade em direção a uma nova economia na qual a moeda são títulos verdes, os chamados green bonds.

Com características similares aos títulos de dívidas de longo prazo convencionais, os green bonds - cujos rendimentos são compatíveis com títulos tradicionais do mercado - só podem ser usados para financiar projetos sustentáveis como, por exemplo, recuperação florestal, desenvolvimento de serviços ecossistêmicos, procedimentos de responsabilidade socioambiental na cadeia de valor e manejo sustentável.

De acordo com a Climate Bonds Initiative, organização inglesa sem fins lucrativos, o potencial de movimentação econômica no mundo por meio dos green bonds, em médio prazo, é de R$ 100 trilhões. A demanda por estes títulos é sempre maior do que a oferta e, em 2016, foram emitidos US$ 81 bilhões. Este ano a previsão é de que sejam emitidos US$ 150 bilhões. No Brasil, onde pelo menos cinco empresas já optaram por esta forma de financiamento, a previsão é que os títulos verdes, em 2017, movimentem cerca de R$ 16 bilhões.

“É necessário esforço conjunto da parte dos governos, regulamentando atividades, impondo leis e sanções, e da iniciativa privada, gerando emprego. Recuperar e manter uma floresta em pé é uma das ações de sequestro de carbono que atuam de forma positiva na tentativa de amenizar as alterações climáticas” afirma Cláudio Boechat, consultor e professor da Fundação Dom Cabral, que vê na reestruturação florestal um negócio capaz de gerar tantas atividades como a indústria automobilística.

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