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Segunda, 13 de Agosto de 2018 - 09h02

Exportações totais de carne bovina se recuperam em julho

Volume embarcado atingiu 159 mil toneladas, alta de 24% na comparação anual

DATAGRO

Com o mercado externo ainda se mostrando amplamente favorável ao produto brasileiro e com a movimentação liberada, sem a greve dos caminhoneiros, as exportações totais de carne bovina (in natura e processada) bateram recordes em julho e mantiveram o resultado do ano positivo para o setor, que representa 20% do abate brasileiro.

Depois de quatro meses de resultados negativos, os números voltaram a crescer: em julho de 2017 o Brasil enviou para o exterior 127.787 toneladas e em julho de 2018 o volume foi de 159.004 toneladas, aumento de 24%. Os preços também melhoraram significativamente e a receita que, no mesmo mês de 2017, atingiu US$ 533,5 milhões saltou para US$ 840 milhões, ou seja: crescimento de 58%.

As informações foram prestadas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados finais de movimentação até julho divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da Secex/Decex. Com isso os números positivos do ano foram mantidos no acumulado até julho, o que deixa a meta de crescer 10% em 2018 bastante próxima já que, no segundo semestre do ano, as vendas costumam crescer. Em 2107 foram exportadas 783.735 toneladas no período e a receita obtida foi de US$ 3, 1 bilhões. Em 2018 a movimentação foi de 841.002 toneladas e a receita de US$ 3,5 bilhões, com crescimento respectivo de 7% e de 11%.

A China, por meio da cidade estado de Hong Kong e do continente, continua elevando suas importações. Até julho de 2017 elas foram de 289.407 toneladas e até julho de 2018 subiram para 370.192 toneladas. A receita com este mercado, que responde por 44,1% das vendas brasileiras, subiu de US$ 1,14 bilhão no ano passado para US$ 1,6 bilhão neste ano. O Egito é o segundo maior comprador do produto brasileiro até aqui, com 86.100 toneladas (+42%), o Chile o terceiro, com 60.812 toneladas (+ 89%) e o Irã, o quarto, com 41.470 toneladas, embora reduzindo suas aquisições em relação a 2017 (-33%), devido as dificuldades impostas pelas sanções dos EUA a este mercado.

Há muita expectativa no setor pelo retorno da Rússia às compras, país que respondia por mais de 10% das vendas brasileiras e que em 2017, até aqui, havia movimentado 88 mil toneladas. A boa notícia é uma certa recuperação nas vendas para alguns países da União Europeia: Alemanha (+32%); Países Baixos (+10%); Reino Unido (+ 16,7%) e Espanha (+30,8%), ampliaram suas importações. No total, 84 países aumentaram suas compras até julho enquanto outros 58 reduziram.


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