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Terça, 08 de Agosto de 2017 - 10h58

Mudanças na geopolítica mundial podem favorecer agronegócio brasileiro

Entretanto, política externa comercial do País precisa investir em acordos bilaterais

Uagro

As recentes mudanças geopolíticas que ocorreram no mundo, cujo exemplo mais expressivo foi o rompimento do Acordo Transpacífico pelo governo dos Estados Unidos, devem gerar grandes oportunidades de negócios para o agronegócio brasileiro. A constatação foi feita pela vice-presidente global de Assuntos Corporativos da Cargill, Devry Boughner Vorwerk, durante evento, realizado em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (07). 

“As mudanças nos acordos dos Estados Unidos com o México e o Canadá também abrem boas oportunidades para os exportadores brasileiros”, disse o sócio da McKinsey Consultoria, Nelson Ferreira, corroborando a opinião de Devry. Além dos Estados Unidos, Ferreira avaliou que o Brasil poderia realizar acordos bilaterais com outras nações, como os países da África, do Sudeste Asiático, China e Índia. 

“Tanto no setor privado como o setor público não pode ter uma agenda isolada, precisa-se buscar uma diversificação, uma melhor amplitude de acordos porque estaremos mais protegidos quanto às oscilações do mercado”, salientou. Nos últimos anos, o País, avaliou Ferreira, foi um jogador muito passivo nas tratativas dessas negociações. “Com isso, o agronegócio cresceu muito, mas em diversas situações à margem de um acordo bilateral. E isso precisa mudar.” 

Rubens Almeida, ex-embaixador e presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), concordou com a opinião de Ferreira e analisou que a política externa comercial inadequada adotada nesses anos fez com que o País não participasse dos acordos e mega-acordos comerciais. “Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), foram mais de 400 acordos comerciais, mas o Brasil participou apenas de acordos com Israel, Egito e o Estado Palestino”. 


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