Frete em São Paulo deve subir acima da inflação
Setor reclama da tarifa sobre eixo suspenso na CPI dos Pedágios
Redação UAGRO
Trafegar pelas rodovias paulistas está mais caro desde 1 de julho. O Governador Geraldo Alckmin autorizou aumento de 5,29% no preço dos pedágios dos 6.400 km de estradas do Estado. Contudo o aumentou não agradou as 19 empresas concessionárias, que pedem reajuste de 6,37% com base no índice de inflação medido pelo IPCA.
Para o Sindicato das Empresas de Transporte de São Paulo (Setcesp) o aumento do pedágio será repassado ao preço do frete, que nos últimos doze meses teve reajuste acumulado de 6%. O presidente do sindicato, Manoel Sousa Lima Junior, não soube estimar de quanto será o aumento, mas espera um acréscimo acima da inflação. “Além do pedágio, houve aumento de combustível e reajuste salarial de 7,5% dos motoristas. Tudo isso entra na conta”, explicou Sousa Lima.
Nesta quarta-feira, em depoimento na CPI dos Pedágios da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Manoel Sousa Lima declarou que a tarifa sobre eixos suspensos é o que tem impactado os custos do transporte no Estado. Um caminhão com três eixos, por exemplo, teve um aumento de 20% nos custos com pedágio. Já um de seis eixos, teve acréscimo de 33%.
A decisão de cobrar tarifa sobre eixos suspensos foi uma compensação oferecida em 2013 às empresas concessionárias, depois que o Governo do Estado de São Paulo não aplicou o reajuste do pedágio de 6,25%, intimidado pela onda de manifestações que reduziu as tarifas no transporte público.
São Paulo é o Estado com os pedágios mais caros do Brasil. Só este ano, serão arrecadados R$ 8,5 bilhões em pedágios rodoviários.