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Terça, 04 de Abril de 2017 - 17h35

Preço do leite ao produtor sobe pelo segundo mês seguido

No entanto, demanda enfraquecida limitou a alta no valor, que foi de apenas 1,4% em março

Uagro com informações do Cepea

O preço do leite recebido pelos produtores subiu pelo segundo mês seguido. No entanto, a demanda enfraquecida limitou a alta no valor, que foi de apenas 1,4%, ou de 1,7 centavo/litro, considerando os valores na “média Brasil” (GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA), calculada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Em março, o preço médio líquido (sem frete e impostos) foi de R$ 1,2326/litro, 13,4% superior ao de março/16, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA fevereiro/17). O preço bruto médio do leite (considerando-se frete e impostos) foi de R$ 1,3405/litro, alta de 1,4% frente a fevereiro/17 e de 12,6% em relação a março/16, em termos reais.

Segundo pesquisadores do Cepea, a captação de leite continuou em baixa em todos os estados acompanhados. De janeiro para fevereiro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) diminuiu 3,1%, sendo o terceiro mês consecutivo de queda. Minas Gerais e Santa Catarina tiveram as baixas mais significativas no período, de 5,05% e de 3,98%, respectivamente. A menor produção no campo acirrou a competição entre indústrias e laticínios para compra de matéria-prima em algumas regiões, o que influenciou a alta dos preços ao produtor.

O Cepea avalia que, mesmo com o fim das férias escolares, a demanda não tem aumentado conforme as expectativas de agentes. Além disso, com a matéria-prima se valorizando no campo, o repasse desse aumento ao consumidor dificulta as vendas. Assim, os estoques de alguns derivados, como os queijos, têm aumentado.

Para abril, representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea apontam novo aumento nos preços do leite recebidos pelo produtor; porém, as possibilidades de estabilidade no curto e médio prazos ganham força, devido à demanda enfraquecida. A maioria dos agentes entrevistados (63,2%), que representa 39,8% do leite amostrado, indica novas altas nos preços. Outros 34,2%, que representam 60,2% do volume amostrado, já acreditam em estabilidade. Apenas 2,6% dos colaboradores acreditam em possível queda nas cotações.

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