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Sexta, 23 de Junho de 2017 - 14h34

Exclusivas uagro

Lideranças do agro veem protecionismo no embargo à carne

Autoridades dos EUA e União Europeia criticam controle e inspeção de produtos brasileiros

DATAGRO

Nesta quinta-feira (22), o Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, anunciou a suspensão da importação de carne bovina “in natura” brasileira. Antes, na semana passada, o Secretariado do Conselho da União Europeia emitiu declaração, relatando problemas identificados nas importações de produtos de proteína animal provenientes do Brasil. Segundo a Sociedade Rural Brasileira (SRB), o setor produtivo nacional é extremamente moderno, o que, certamente, causa temores aos concorrentes.

Entidades ligadas ao agronegócio defendem a qualidade da carne nacional

Em nota, a entidade diz que a indústria brasileira de processamento é, quase na sua totalidade, muito nova e moderna, até mesmo como resultado do recente e importante crescimento que tivemos na produção e exportação de produtos de origem animal. De acordo com o presidente da SRB, Marcelo Vieira, além de controles internos modernos na produção, a indústria é fiscalizada constantemente por Auditores do Ministério da Agricultura. Quase semanalmente, ressalta a entidade, o Brasil recebe delegações de países importadores, que também realizam fiscalizações no sistema do Ministério da Agricultura.

Na análise da SRB, o comércio internacional, em especial de produtos agrícolas, está sujeito a pressões protecionistas de nossos concorrentes, sempre muito politicamente ativos. Para a entidade, a fragilidade institucional existente no País hoje, contudo, permitiu aos concorrentes aproveitar a situação para impor as sanções comerciais ao Brasil nos últimos dias. É preciso reagir, porém, sem negar os problemas, pois eles existem, ainda que diminutos, destaca a SRB em comunicado.

Por sua vez, também em nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou observar com perplexidade a decisão dos Estados Unidos de suspenderem a importação de carne bovina “in natura” brasileira. Na avaliação da CNA, os elementos utilizados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) para justificar o fechamento do mercado não apresentam risco para a saúde dos consumidores. “Esperamos que o governo dos Estados Unidos divulgue as justificativas técnicas e científicas que fundamentaram a decisão, que também pode ser vista como uma medida protecionista de mercado”, acentua a CNA em seu comunicado. Já a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que as sanções determinadas pelo USDA às importações de “carnes” do Brasil não se referem aos produtos derivados de aves e suínos.

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