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Sexta, 30 de Junho de 2017 - 14h25

Greening atinge 16,73% do cinturão citrícola de SP e MG

Greening atinge 16,73% do cinturão citrícola de SP e MG Doença é a maior ameaça à citricultura mundial na atualidade

Uagro

Considerado o maior desafio fitossanitário da citricultura na atualidade devido ao seu elevado potencial de devastação, o greening está presente em 16,73% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. A incidência, divulgada nesta quinta (29) pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), permanece no mesmo patamar dos dois últimos anos – 17,89% em 2015 e 16,92% em 2016. Apesar da estabilização, o índice de plantas doentes é alto.

São cerca de 32 milhões de árvores doentes [das 191,7 milhões do cinturão]

De acordo com o gerente geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, São Paulo é a única citricultura do mundo com produção em larga escala que vem conseguindo manter sua competitividade mesmo com os efeitos do greening. “São cerca de 32 milhões de árvores doentes [das 191,7 milhões do cinturão]. O número absoluto é grande e preocupante. Isso significa que as ações preconizadas pelo Fundecitrus têm sido incorporadas por parte dos citricultores. Mas é preciso aumentar a participação e intensificar o controle porque o alastramento pode inviabilizar o parque”, avalia.

Na Flórida, localizada no sudeste dos Estados Unidos, estima-se que o greening esteja presente em 90% das laranjeiras. Em função da infestação desenfreada, a produção despencou de 169,7 milhões de caixas de laranja na safra 2006/07 para 68,5 milhões de caixas na safra 2016/17, segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O cinturão citrícola de SP e MG é dividido em 12 regiões (cinco setores) – Triângulo Mineiro, Bebedouro e Altinópolis (Norte); Votuporanga e São José do Rio Preto (Noroeste); Matão, Duartina e Brotas (Centro); Porto Ferreira e Limeira (Sul); e Avaré e Itapetininga (Sudoeste). O setor Sul é o mais afetado pelo greening, com 32,26% de plantas doentes, seguido pelo Centro (24,76%), Sudoeste (7,87%) e Norte (5,48%). O Noroeste é o menos comprometido, com 4,04% de incidência.

Quanto menor a propriedade, maior a incidência de greening. Nas propriedades de até 10 mil plantas, o índice da doença está em 36,03%. Já nas propriedades de 10,1 a 100 mil plantas e de 100,1 a 500 mil plantas os níveis da doença estão, respectivamente, em 29,15% e 14,88%. As maiores propriedades, com mais de 500 mil plantas, são as menos atingidas, com 2,37% de incidência.

A proporcionalidade é explicada pelo chamado “efeito de borda”. A maior parte das árvores contaminadas estão nos primeiros 200 metros dos pomares, que são as portas de entrada para o psilídeo (Diaphorina citri), transmissor da bactéria que causa a doença. Nas propriedades menores, a representatividade do número de plantas na borda em relação ao número total de plantas é maior.


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