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Terça, 25 de Abril de 2017 - 13h26

IAC pesquisa novos porta-enxertos para controlar o greening

Doença é considerada a principal ameaça aos pomares de citros

DATAGRO

O Instituto Agronômico (IAC), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, está desenvolvendo novas pesquisas sobre porta-enxertos que podem contribuir no controle do Huanglongbing (HLB), doença mais conhecida como greening, a pior ameaça às culturas cítricas no Estado. A pesquisadora do IAC, Mariângela Cristofani Yaly, explica que o porta-enxerto pode induzir a redução do tamanho das copas, viabilizando o plantio mais adensado, o que facilita os tratos culturais, como a aplicação de defensivos.

“Uma planta pequena produz menos, mas quando há mais plantas por hectare ocorre uma compensação na produção”, diz. Atualmente, há cinco porta-enxertos desenvolvidos pelo IAC e registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que estão em fase de avaliação. O Centro de Citricultura do IAC realiza pesquisas para o desenvolvimento de novos porta-enxertos derivados do cruzamento entre Citrus sunki, que é tolerante à seca e suscetível à gomose de Phytophthora e Poncirus trifoliata, que  suscetível  à seca e tolerante à gomose de Phytophthora.

Entre os fatores que afetam a produção, a pesquisadora destaca o reduzido número de variedades, a estreita base genética e a monocultura, que provocam a alta vulnerabilidade do pomar a doenças e pragas. “O Centro de Citricultura recomenda que o produtor plante uma amostra de novos porta-enxertos para testar e verificar qual é a melhor opção para ele renovar o pomar”, diz. A pesquisadora ressalta que há uma alta incidência de HLB na região Sul do Estado de São Paulo. Atualmente, os pomares paulistas produzem 76% do limão brasileiro, cultivados por pequenos produtores.

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