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Quinta, 12 de Julho de 2018 - 15h24

Remuneração dos profissionais do Setor Sucroenergético cresce nos últimos anos

Na avaliação do Cepea, mudança tecnológica proporcionou criação de empregos de melhor qualidade e ganhos salariais

DATAGRO

Um estudo elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que entre 2008 e 2016, houve um aumento na proporção de trabalhadores no Setor Sucroenergético com maior escolaridade frente ao total de empregos e também elevação significativa dos salários reais, com incrementos que variam de 20 a 31%.

O estudo também traz outro dado importante. No mesmo período, o número de profissionais nesse setor registrou queda. Por outro lado, a qualidade dos empregos no setor cresceu nesse período.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é resultado do processo de mecanização da colheita, especialmente na região Centro-Sul do Brasil. Para o Cepea, a mudança tecnológica permitiu a criação de empregos de melhor qualidade e ganhos salariais, que foram verificados inclusive entre os trabalhadores com menor qualificação. 

O estudo também destaca os efeitos da crise na cadeia sucroenergética entre 2009 e 2016, que teve impacto principalmente na redução de empregos industriais, dado o fechamento de usinas no período.

Empregos formais são maioria

O Setor Sucroenergético é destaque na geração de empregos formais dentro do agronegócio. Segundo informações do Cepea, em 2017, o setor sucro respondeu por 8% de todas as vagas formais do agronegócio. Como comparação, enquanto na atividade agrícola da cultura de cana-de-açúcar 80% das pessoas ocupadas são empregadas com carteira assinada, para a agricultura brasileira de modo geral essa taxa é de apenas 17%.

Na agroindústria da cana (usinas de açúcar e etanol), 95% dos ocupados são empregados com carteira assinada, enquanto para a agroindústria em geral esse percentual é de 58%. Na avaliação do Cepea, esses dados indicam o nível de qualidade mais elevado dos empregos gerados pela atividade sucroenergética.

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