Notícias Relacionadas

Newsletter

Sexta, 11 de Agosto de 2017 - 16h42

Abics se mobiliza para reduzir barreiras tarifárias ao café solúvel

Produto brasileiro sofre com tarifas de importação que variam de 5% a 40%

DATAGRO

As indústrias de café solúvel se mobilizam cada vez mais em estratégias junto ao Governo Federal para priorizar negociações e acordos tarifários com países que aplicam altas tarifas para importar o produto nacional. Comercializando café solúvel com mais de 120 países, o setor, no Brasil, sofre com tarifas de importação aplicadas ao produto nacional tendo, em pelo menos 75% desses destinos, taxas que variam de 5% a 40%.

Apesar de negociações e acordos comerciais serem tarefas sempre demoradas, de longo prazo para conclusão, recentemente o setor priorizou 36 destinos, incluindo a União Europeia (UE), que aplicam tarifas acima de 5%, para estabelecer estratégias imediatas de ações em conjunto com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

As maiores preocupações atuais são com Japão, quarto maior destino do café solúvel nacional, que aplica tarifa de 8,8%, e Indonésia, sexto maior importador, que recentemente alterou sua tarifa de 5% para 20%. A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) destaca que ambos os países são da Ásia e estabeleceram uma série de acordos comerciais naquele continente, os quais favorecem nações concorrentes, em especial o Vietnã e a Malásia.

Segundo a entidade, na UE, concentram-se as maiores expectativas devido ao andamento das negociações entre Mercosul e o bloco europeu, que sinalizam fechamento de acordo para meados de 2018. Se efetivado, a Abics entende que o pacto proporcionará a desgravação gradativa ou imediata, dependendo das negociações, da cobrança de 9% do imposto de importação aplicado ao solúvel brasileiro.

A União Europeia, com destaque para Alemanha e Reino Unido, é o segundo maior importador de café solúvel do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos, o que valida o poder de competitividade da indústria nacional, mesmo sendo taxada em 9%. Por outro lado, a Abics vê como grande risco os acordos de comércio da UE com blocos e países, principalmente asiáticos, pelas quais a redução de tarifas que envolvam o café solúvel alijará, gradativamente, o Brasil do fornecimento de solúvel aos europeus.

Link

Compartilhar