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Sexta, 08 de Setembro de 2017 - 16h10

África e América Latina discutem soluções para produção de algodão

Segundo a Agência Brasileira de Cooperação/MRE, cotonicultura desenvolvida em ambas regiões tem características e desafios semelhantes

DATAGRO

Cerca de cem pessoas, entre 32 representantes da América Latina de seis países e 36 representantes de 14 países africanos participaram do diálogo “Desafios e Oportunidades para a Cooperação Sul-Sul na cadeia de valor do algodão”, realizado na última semana, em Maceió (AL), paralelo ao 11º Congresso Brasileiro do Algodão, informa a Organização das Nações Unidas (ONU).

O diálogo, organizado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), promoveu a troca de experiências para a identificação de desafios e soluções comuns para o desenvolvimento sustentável do setor algodoeiro na América Latina e África por meio de projetos de Cooperação Sul-Sul neste tema.

O diretor da ABC/MRE, embaixador João Almino, manifestou satisfação em receber no Brasil as delegações estrangeiras. “Este fórum é resultado da riqueza da troca de experiências entre o Brasil e seus parceiros, por meio de projetos de Cooperação Sul-Sul no setor algodoeiro. Queremos continuar divulgando o impacto positivo das soluções encontradas pelo Brasil”, disse. O embaixador acrescentou: “Queremos criar uma rede de Cooperação Sul-Sul de boas práticas neste setor”.

Desde 2009, o governo brasileiro, por meio da ABC/MRE, executa ações de cooperação Sul-Sul na área da cotonicultura entre o Brasil e países em desenvolvimento mediante a troca de experiências e de conhecimentos técnicos, de pesquisa e tecnologias. O diálogo abordou temas como a cooperação internacional, o trabalho decente, a produção e o acesso a mercados. Representantes dos governos de países da África e da América Latina, organismos internacionais como OIT e FAO e pesquisadores dos dois continentes apresentaram suas experiências, dificuldades, desafios e propostas de como os projetos de cooperação Sul-Sul podem ajudar a fortalecer a cadeia de valor do algodão em seus países.

Também identificaram as oportunidades e as ações concretas necessárias para fortalecer o setor, a partir do desenvolvimento de uma rede Sul-Sul de troca de experiências entre países da América Latina e da África. “Nossa expectativa é iniciar a construção de uma rede entre os países produtores de algodão para a sustentabilidade de todo o trabalho que o governo do Brasil tem executado para o fortalecimento do setor algodoeiro nos países latino-americanos e africanos”, disse Cecília Malaguti, coordenadora-geral de Cooperação Técnica com Organismos Internacionais da ABC/MRE.

De acordo com Cecília, os produtores de algodão na África e na América Latina contam com características comuns. São, na maioria, pequenos e médios agricultores que possuem características climáticas e de solos muito parecidas e dificuldades similares de acesso à capacitação, informação, entre outros. “Ficou muito evidente neste diálogo que há, ainda, espaço para muitos desafios e interesses dos países em seguir fortalecendo o setor”, acrescentou a coordenadora da ABC/MRE.

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