Agricultura digital levou a tomada de decisão para o metro quadrado

A agricultura digital levou a tomada de decisão no campo para o metro quadrado, e não mais por hectare. Foi com estas palavras que Herlon Oliveira, vice-presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), abriu sua apresentação, durante evento realizado nesta semana em São Paulo (SP).

De acordo com Herlon, os desafios para a agricultura digital passam pelo desenvolvimento de um ecossistema que possa gerar, transmitir, armazenar, configurar e analisar dados em tempo real, com o objetivo de entregar informação útil para o produtor rural. 

A tecnologia da informação no campo tem avançado com produtos e serviços dedicados ao controle, monitoramento e oferta de recomendações sobre clima, pragas e doenças, aplicação de insumos, gestão financeira, comercialização, logística, entre outras inúmeras variáveis inerentes ao dia a dia da produção agropecuária.

Segundo Herlon, que também é coordenador do grupo de trabalho de agricultura digital da Abinc, existem dados, no entanto, que só fazem sentido se forem coletados, transmitidos e entregues em tempo real. Para Marcos Pinello, diretor de tecnologia da startup Agrusdata, a informação endereçada ao agricultor tem que ser didática, fácil, intuitiva, para melhor assimilação e interpretação. 

De acordo com Daniel Latorraca, superintendente do Imea,e do Agrihub a expansão da agricultura digital implica na criação de novos hábitos gerenciais por parte dos produtores rurais, especialmente os de maior idade. “A nova geração de gestores do campo já vem tocando naturalmente os negócios com o auxílio da tecnologia da informação.”